Na manhã de hoje, 15 de março de 2023, a 18ª DP deflagrou a “Operação Sicário” e prendeu um homem e uma mulher pelo crime de pertencimento a organização criminosa.
O homem foi preso em Brazlândia, na quadra 35 da Vila São José, e a mulher, na quadra QR 512 de Samambaia. Ambos pertencem ao Primeiro Comando da Capital – PCC.
Na casa da mulher foi localizada uma arma de fogo, do tipo pistola, calibre 380, e porções de maconha e cocaína.
Na do homem, porções de maconha e cocaína, tudo pronto para o varejo.O homem preso na manhã de hoje foi colocado no PCC pelo próprio pai, que também pertence à facção e se encontra preso na Penitenciária 1 do DF – PDF1, cumprindo pena de 53 anos de reclusão. Ele recebeu do pai a missão de “batizar” (recrutar) novos integrantes para o PCC em Brazlândia.
Também tinha a missão de atacar policiais e atear fogo nos ônibus da cidade. No ano de 2019, já custodiado na PDF 1, o pai do criminoso preso na manhã de hoje envolveu-se na transmissão de recados ameaçadores a um Delegado da PCDF e à Juíza da Vara de Execução Penal do Distrito Federal, Dra. Leila Cury. Em 2018, o mesmo criminoso foi preso pela DRF/PCDF e processado pelo ataque a 22 (vinte e dois) caixas eletrônicos do Distrito Federal.
Em razão dos ataques ele foi condenado a 10 (dez) anos de reclusão. Também pesam em desfavor dele condenações por tráfico de drogas, roubo qualificado, homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Em 2015, ele foi surpreendido em Samambaia detendo 39 (trinta e nove) artefatos explosivos na companhia da mulher presa na manhã de hoje, atualmente esposa dele.
De acordo com as investigações da 18ª DP, o objetivo do PCC era gerar pânico na cidade, não apenas recrutando novos integrantes, mas atacando grupos rivais, a polícia e a população. Segundo recados transmitidos pela facção e captados pela polícia, os recrutados deveriam retomar as “guerras de sangue” da cidade.A 18ª DP solicitou o compartilhamento dos elementos colhidos com a VEP, para fins de inclusão do pai do sujeito preso na manhã de hoje no Regime Disciplinar Diferenciado – RDD. “Há 10 anos, criminosos de Brazlândia matavam uns aos outros em disputas de bairro, chamadas de “guerras de sangue”.
Atualmente, alguns filiaram-se ao Comando Vermelho e PCC, buscando maior lucratividade na venda de drogas. Cabe à polícia civil a identificação e responsabilização dos faccionados, para restabelecimento da ordem pública” – Fernando Cocito – Delegado-Chefe da 18ª DP de Brazlândia.